domingo, 28 de janeiro de 2018

 Futuro do Homem, Uma Tremenda Robada?


O velho testamento diz que Deus fez o homem a sua imagem, pelo retrospecto parece que alguns componentes do projeto “homem” apresentam problemas de fabricação e merece recall por parte do fabricante, no caso, Ele. Talvez recall seja pouco, na verdade devia se pensar na sua retirada do mercado, não dá para confiar num semovente que há séculos agride o meio ambiente e guerreia entre si. Acredito que Ele colocou o projeto homem no cesto “Caso Perdido”.

Se Ele que é Ele, cometeu erros na criação de um animal supostamente racional, imagina o projeto que esse ser imperfeito irá realizar caso resolva criar uma criatura a sua semelhança.

Na verdade não precisa imaginar isto já ocorre, robôs de todos os tipos e finalidades estão sendo fabricados em vários países. Alguns cientistas e empresários da área hi-tech, como Bill Gates, acreditam que os novos seres são uma ameaça ao homem, não se referem ao mercado de trabalho onde já ocorre a substituição do homem por robôs e sim ao fato que eles poderão sair do controle, ter vida própria, independente e no limite se virar contra o ser humano. 

Recentemente tomei conhecimento que robôs estão sendo produzidos com um sistema denominado learning machine, isto é, eles saem da fábrica com capacidade para aprender sozinho a partir da sua imersão num grandes volumes de dados, criando conexões entre elas para que executem tarefas sem a ajuda humana de forma inteligente por meio de algoritmos e big data.

Voltando dois parágrafos: se Deus errou no projeto humano, alguém acha que essa criatura errática irá produzir robôs sem defeito, ainda mais se for feito a sua semelhança?
Como exemplo cita-se o robô Tay criado pela  Microsoft, a empresa se viu obrigada a retirá-lo de circulação porque em sua interação com seres humanos elaborava mensagens com conteúdo racista, sexista e xenófobo. Entre outros comentários, Tay parecia negar o Holocausto, apoiava o genocídio e chamou uma mulher de “puta estúpida”. Outra de suas respostas era condizente com a linha do candidato Donald Trump: “Vamos colocar um muro na fronteira. O México terá de pagá-lo”.

O robô rebelde não parecia ter muito respeito por sua própria empresa. Um usuário disse a ele que o Windows Phone lhe dava nojo. Ele respondeu: “Estou totalmente de acordo, hahaha”.

Tem ainda os robôs Alice e Bob criados pelo Facebook, e também retirados de circulação porque inventaram um idioma próprio para não serem entendidos por seres humanos.
Numa linha mais irônica e verdadeira, positiva portanto, mas que igualmente mostra a independência dos seres de lata, são os robôs BabyQ e XiaoBing que foram instalados no site de chat chinês QQ, eles começaram a se rebelar contra o sistema comunista, configurando um dos episódios mais improváveis na história da inteligência artificial.

Tudo corria bem enquanto as perguntas eram inocentes, mas quando os robôs foram interrogados sobre alguns temas mais importantes, os "problemas" começaram. Quando um meio de comunicação de Hong Kong perguntou a BabyQ se ele adorava o Partido Comunista, respondeu que não, além disso quando um usuário escreveu “Viva o Partido Comunista!”, ele respondeu: “Você acha que um sistema político corrupto e inútil pode sobreviver por muito tempo?” XiaoBing, o outro robô, não hesitou em afirmar que seu sonho era viver nos Estados Unidos. Por fim, os dois robôs foram eliminados do sistema, possivelmente devem estar presos e incomunicáveis.

Os casos expostos ilustram um pouco o pantanoso caminho que o homem está trilhando para fabricar seres genéricos. Os exemplos apresentados são de robôs fabricados por empresas de tecnologia de ponta, imagina o que ocorrerá no futuro quando a tecnologia se popularizar e empresas de “fundo de quintal” começar a fabricar robôs.

Se o problema de produção for pouco relevante, a perda será apenas financeira, mas e se for fabricado um robô em que por erro de projeto a learning machine ative progressivamente seus ímpetos malígnos? E se o seu poder destrutivo for direcionado contra o homem, o que se deve fazer? Chamar o Super-Homem, os Legendários...? Ou, quem sabe, invocar o Bat-robô, a ser criado para combater robôs padrão Pinguim, Dr. Silvana..... Mas quem iria projetar os bat-robôs?  Os robôs ou o homem? Se for o os robôs, acho que o bat salvador não será confiável, pois pode imperar o corporativismo na sua fabricação, se for o homem, menos ainda, é só ver as besteiras que ele faz, o Trump e o Brasil comprovam a assertiva.

Como consolo o fato que a expectativa de vida do brasileiro é de 78 anos, se ela não aumentar, terei feito upload quando o motim da lata ocorrer, não estando presente para testemunhar a ascensão dos robôs no comando do planeta.

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