quarta-feira, 29 de outubro de 2014

20031-912 - O Cep da Corrupção

Corrupção é igual a ET,
não viu não existe
Está sacramentado, deu Dilma e não há o que se discutir o resultado das urnas, boa sorte para ela e, por tabela, para nós.

Dito isto seria interessante saber por que 52% dos eleitores votaram na candidata de um Partido que desde 2005 vem se defendendo de sucessivas acusações de corrupção, tendo sido alguns de seus caciques condenados pelo Supremo. Na Alemanha, Japão e França, por exemplo, seria impossível um partido conseguir eleger um candidato para cargo majoritário caso as suas lideranças fossem condenadas por corrupção ou pesassem sobre elas fortes evidencias de desvio de dinheiro público. No Brasil, pelo jeito, isto não é problema, pelo menos para o PT que acaba de reeleger a presidente, mesmo estando há nove anos enrolado com diversos casos de corrupção. De lá para cá é mais fácil encontrar as lideranças do PT no fórum da justiça do que na  sede do Partido. 

Recentemente foram divulgados através da Operação Lava Jato casos de desvio de dinheiro público onde havia as impressões digitais – algumas com quatro dedos -  do PT e de Partidos da base aliada, quando a nação ficou sabendo que o Partido dos Trabalhadores fez um upgrade no seu esquema heterodoxo de arrecadar dinheiro, o que faz do mensalão simples travessura de escoteiro peralta.

O epicentro da Lava Jato estava localizado na empresa situada no CEP 20031-912 na longitude 22º 54’ 32,26’’ e latitude 43º 10’ 51,57’’ coordenadas que convergem para o número 65 da Avenida Chile, onde fica a sede da Petrobras, havendo outros casos de desvio de dinheiro orbitando em torno dos fundos de pensão e Ministérios, conforme investigações feitas pelo TCU, Polícia Federal e Ministério Público. Os relatos das delações premiadas feitos por pessoas de alta patente que participavam da engrenagem criminosa, como o doleiro Youssef e o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto, são contundentes e didáticos, um verdadeiro Raio-X de como funciona a corrupção política no Brasil.

A candidata Dilma foi reeleita tendo como pano de fundo os diversos casos de corrupção envolvendo o seu Partido, que se somou ao fraco desempenho da economia no seu governo, a taxa de crescimento em 2014 será onze vezes menor que a média mundial, inflação em alta, a sinalização que o PT pretende amordaçar a imprensa e criar comitês populares para enfraquecer o congresso nacional, além de procurar aparelhar os Tribunais Superiores de Justiça, que poderá abrir caminho para se implantar, pela democracia, a ditadura no país, mas não a do proletariado, e sim das elites sindical e partidária. 

Esta bolsa negativa seria mais que suficiente para liquidar a imagem de qualquer partido, mas não no Brasil de Jose Arruda, Paulo Maluf e Zé Dirceu ("este governo não rouba, nem deixa roubar”, lembra?). Aí se volta à pergunta inicial: porque 52% dos eleitores votaram no PT?

O fator preponderante, ficarei só nele, foi o PT ter embolsado previamente o voto de grande parte dos 54 milhões de bolsistas que no dia da eleição saiu de casa para votar na Dilma com o voto na bolsa (família). A corrupção não alterou em nada a sua motivação em votar nela, da mesma forma que os investimentos feitos pelo governo federal na área de pesquisa e desenvolvimento não sensibiliza o eleitor, ambos são zero em termos eleitorais.

No Brasil a corrupção é como extraterrestre, uma grande parte desconhece o assunto, muitos acreditam que é estória, não existe, outros ficam em dúvida, acha que pode existir, mas quer ver para crer, independente do testemunho de quem afirma que existe, outro segmento, este mais esclarecido, diz que extraterrestre não existe só aqui, mas também em Marte, extramarciano e em Vênus, extravenusiano, então não venha com discurso alarmista e apenas uma pequena minoria bem informada sabe que existe, mas não consegue convencer os céticos e desinformados. 

O bolsa família é real, todo mês aparece para visitar o eleitor, tá na mesa e na barriga, todo a família o vê, ele é feito “de carne e osso” e também de fubá, farinha, arroz, feijão, etc.. Por sua vez o eleitor bolsista acredita que a corrupção não causa nenhum problema para ele, na verdade na maioria das vezes não acha nada, (os valores desviados são bem superiores ao despendido com o bolsa família), já que isto não “mexe” com a sua família, não conseguindo associar que ela é a principal responsável pela má qualidade do ensino, saúde e demais serviços básicos que utiliza.  Mais isto é outra estória


sexta-feira, 24 de outubro de 2014

São os judeus, estúpido

James Carville - é a economia, estúpido
Ficou célebre a frase “é a economia, estúpido” dita em 1992 por James Carville estrategista eleitoral de Bill Clinton, atribuindo a economia como fator primordial para Clinton se eleger, o que acabou acontecendo. 

Quando o país está em crise, a população passa por problemas financeiros e o desemprego aumenta, procura-se sempre o culpado, que pode ser a política econômica equivocada adotada pelo país, quase sempre impregnada por demagogia e corrupção, a crise internacional também é uma possibilidade, como também a globalização da economia, nela, a semelhança, do reino animal, só sobrevive os mais fortes e, para teu azar, você mora num país que não se capacitou para encarar os novos tempos. 

Na verdade existem inúmeras possibilidades de respostas, individuais ou combinadas, mas, certamente, quando a crise chegar ao seu estado mais agudo, a sociedade esquece a racionalidade e saca da cartola o tradicional culpado, que varia na designação, mas é sempre o mesmo sujeito: 1º os judeus; 2º banqueiros judeus; 3º sionistas e 4º Israel. Para grande parte da população mundial a causa da crise, ou qualquer outra coisa negativa, incluindo o rebaixamento do seu time para a segunda divisão, quase sempre tem o mesmo alvo, derivada da expressão dita por Carville: são os judeus, estúpido. Às vezes fica a sensação que se eles não existissem, os juros no mundo seriam baixos, melhor, não haveriam banqueiros, guerras, especulação imobiliária e o preço dos produtos seriam sempre reduzidos, independente da lei de oferta e procura, mas com eles por aí, tudo fica difícil.

Olhando o assunto por outro viés, que é o fato de que eles representam apenas 0,17% dos habitantes do planeta, ou, lendo de outra maneira, 99,83% das pessoas não são judias, a maioria é cristã, -27,5%, seguidos dos muçulmanos- 20%, depois tem-se os hindus com 12,5%, que, somados contam com a expressiva maioria de 60%,  e, ainda assim, "meia dúzia de pessoas" consegue “dominar o mundo”. Incrível, não? Um povo numericamente reduzido, com capacidade para determinar os destinos do planeta não deveria ser só discriminado, mas também estudado, pois isto é o máximo da competência, a prova cabal que o rabo pode balançar o cachorro.

No decorrer dos séculos, qualquer coisa que acontecesse de errado no mundo, a população tinha certeza que por trás tinha a mente de judeus conspirando. Eles podem ser considerados uma versão hiper ampliada dos malignos Coringa ou Pinguim, inimigos públicos números 1 e 2 de Ghotam City e do Batman. Só que neste caso o inimigo é real e se constitui no único elo de consenso que une os políticos e intelectuais de esquerda e da direita, bem como o pipoqueiro do cinema, o porteiro do seu prédio, o motorista de taxi e o aposentado irritado na fila do INSS, todos estes últimos sabem - "ouviram falar"-  do plano deles para dominar o mundo. 

Talvez a desconfiança em relação ao perigo judeu seja pertinente, afinal não se pode confiar num povo que embora tenha ínfima participação na população mundial, ganhou 20% de todos os prêmios Nobel. Não dá para acreditar nas intenções de um grupo étnico que produz mentes malignas como Einstein, Freud, Marx - guru dos comunistas, Milton Friedman- guru dos neoliberais, Spielberg, Saul Bellow, Woddy Allen, Dustin Hoffman, Bob Dylan, Paul Newman e, o mais perigoso de todos, Bussunda, que como já morreu não vai mais poder usar a sua perigosa mente ducasseta para prejudicar a população. Fala sério.

Ah, quase me esqueci de citar um bastante conhecido, dos poucos que nenhum cristão questiona, que é Jesus Cristo, pois como todos sabem, ele nasceu e morreu judeu, o cristianismo só foi criado pelos seus discípulos depois da sua morte.  

Ao adotar uma atitude preconceituosa, o cristão está indo, por tabela, contra Jesus Cristo que fez brit milá, bar mitzvá, pessach, jejuou no yom kipur,  tudinho igual ao que foi feito pelos seus seus companheiros de religião, com um detalhe, por razões óbvias nunca celebrou natal e semana santa. Um pensamento me veio à mente: cristão que é cristão deveria, sem abrir mão das suas tradições, fazer a festa de sucot, jejuar no yom kipur e celebrar o pessach judaico, afinal, devido a sua origem religiosa, ele também é um pouco judeu, digamos que é um judeu novo.  


Pensando bem, melhor não, se sem isso os judeus já são culpados de quase tudo, se for evidenciada esta ligação aí passará a acumular também a culpa  da inquisição feita pela igreja contra eles, pois se Cristo era judeu e o Vaticano o gestor espiritual do seu reino, dai para dizer que foram os judeus que perseguiram os judeus será um pulo, serão acusados de terem elaborado o plano que resultou na perseguição e assassinatos cometidos contra eles e também nos saques e mortes resultante das sucessivas Cruzadas realizadas para conquistar a terra santa ou, ainda, terem dizimados os índios do Brasil e de toda América Latina. Isto seria demais para os judeus, mesmo tendo Kafka o papa, no caso “rabino”, do surrealismo nas suas fileiras.  

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Pelé Estava Certo


Voto do analfabeto
dificulta sua inclusão
Quando em 1969 Pelé falou que o brasileiro não sabia votar os patrulheiros ideológicos caíram de pau nele e o pior que o negão estava falando a verdade, basta olhar o nível dos deputados e vereadores e a quantidade de escândalos envolvendo todas as casas legislativas do país, que já, naquela época, eram fartos.  

Mas era regime militar e Pelé não fazia o modelito contestador, muito menos o padrão Black Power dos Panteras Negras americanos, e a esquerda não perdoava isto. Então quando disse que o proletariado não sabia votar, ele bateu de frente contra os ideólogos da ditadura do povo. Daí em diante foi esconjurado pelos intelectuais e parte da mídia.

Igual a jabuti que se está em cima de uma árvore foi porque alguém o colocou lá, o deputado não nasceu na Assembléia Legislativa, se ele tá instalado num confortável gabinete foi porque alguém o colocou no sinédrio, pois não existe concurso público para parlamentar, para lixeiro tem, então você é o responsável (culpado?) por ele tá lá e se votou bem, tudo bem, mas se votou mal, tudo péssimo, vai sofrer. 

Bem, vamos ao que interessa que é o enunciado do primeiro e único postulado: a qualidade dos políticos que integram a casa legislativa é diretamente proporcional aos nível de instrução do eleitorado, quanto pior a sua educação maiores as chances de se contar com um parlamento composto por pessoas pouco qualificadas, ou, para os mais radicais, desqualificadas ( isto, evidentemente, como regra geral).  

Agora um pouco de história: a Constituição de 1988 manteve inelegíveis os analfabetos, mas assegurou a eles direito ao voto em caráter facultativo, o que significa que não são obrigados a votar. Porque a complacência? Será porque considera a possibilidade que poderão sentir dificuldade e ficar confuso quanto à “complexidade” do processo eleitoral e escolher em quem votar?  Se isto for procedente, ele não seria uma presa fácil de ser manipulada por candidatos inescrupulosos? A eleição de políticos com votos, mas sem ética, contribui para a melhoria da condição de vida do analfabeto e o aperfeiçoamento do processo democrático? Estas são apenas algumas questões que envolvem o voto do analfabeto.

Hoje o país conta com 20 milhões de pessoas que não sabem ler ou que conseguem assinar o nome e leem sem entender o texto, além daquelas que contam apenas com primeiro grau, mas sem a necessária instrução ou nível de informação para avaliar, selecionar e votar de forma consciente, e o resultado não podia ser outro: eleição de milhares de parlamentares com baixo nível de competência para exercer função, sem contar que muitos ainda respondem processos na justiça. Se fosse criado o PQP - Programa de Qualidade dos Políticos, possivelmente 80% não obteriam selo de conformidade e seriam reprovados pelo INMETRO.   

Para aqueles que acham que não se deve alijar o analfabeto do processo eleitoral, coloca-se a seguinte questão: se a sua empresa necessita admitir funcionários qualificados, você colocaria na área de recursos humanos, que é aquela que avalia, seleciona e admite os pretendentes, profissionais sem o devido preparo funcional, deixaria qualquer um fazer a seleção e contratar para você?

Ah, mas uma empresa é diferente de um município/estado/país, dirá. Do ponto de vista institucional sim, da gestão não, é igualzinho. Ah, mas não é democrático. E quem disse que avaliar e escolher mal faz bem para a democracia e irá ajudar a população, na verdade a má escolha prejudica mais quem é pobre do que quem é rico, este pode até se beneficiar com o baixo nível dos parlamentares. Ah, mas o teu conceito do que é bom candidato é diferente de alguém que comungue, por exemplo, pela cartilha do PCB. Certamente, mas quem disse que um bom candidato/parlamentar tem que pensar ideologicamente como nós, suas posições podem divergir daquelas que julgamos mais adequadas, mas os objetivos serão quase sempre os mesmos, mas com caminhos diferentes para atingi-los. 

Escolhendo políticos mais capazes estará se ajudando de forma mais efetiva que pessoas excluídas deixem de sê-las, já a eleição de parlamentares despreparados ou incompetentes, fará com que o processo de inclusão seja tortuoso e lento, ou, pior, nunca se efetue, pois muitos políticos não tem interesse na melhoria da educação da população.

Quanto mais políticos capacitados participando do legislativo e executivo, mais rápido será o processo de redução das desigualdades e inclusão social, o que faz que, a médio prazo, não haverá mais necessidade da sociedade subsidiar bolsas sociais para a população excluída. Evidente que legislador bem capacitado não é sinônimo de ética ou honestidade, mas é um problema a menos.

A consideração feita é polêmica, ainda mais em se tratando de Brasil onde se acredita que basta colocar os direitos na constituição, para se resolver todos os problemas e assegurar o paraíso para o cidadão. Na constituição cidadã consta a obrigação do estado prover ou preservar 76 direitos para a sociedade, um dos maiores índices do mundo, e o IDH do Brasil é 0,73.  A constituição de Israel garante apenas 6 direitos e o seu IDH é 0,90, a francesa prevê 13 direitos e o país apresenta um IDH de 0,897, enquanto isso a de Moçambique prevê 63 direitos e o país conta com um IDH de 0,327.

Uma coisa é certa, do jeito que se encontra um dos pilares mais caros da democracia participativa, que são as regras do processo eleitoral do país, cuja discussão não se esgota no voto do analfabeto, fica difícil sair do círculo vicioso que começa com a eleição de maus políticos, que apresentam projetos de leis irrelevantes, que são cooptados pelo chefe do executivo, que deixam de fiscalizar o governo, devido a falta de projetos consistentes o nível social e educacional do eleitor não melhora, que vai para a eleição seguinte e elege, mais uma vez, políticos despreparados ou descompromissados com os reais interesses sociais da população. E assim, la nave va sem rumo e afundando lentamente.  



segunda-feira, 20 de outubro de 2014

A Ditadura Revolucionária

Ditadura: Progressista  ou Fascista?
Os revolucionários derrubaram o governo e os militares assumiram o poder, a seguir fecharam o congresso, dissolveram o poder judiciário e os partidos, prenderam, torturaram e fuzilaram milhares de oponentes sem que tivesse ocorrido julgamento livre e com direito de defesa, fecharam os jornais, impuseram censura a imprensa vinda de fora, expropriou, sem indenizar, a propriedade privada, proibiu a população de sair do país e a incitou a delatar quem tivesse comportamento suspeito, conceito fluido que variava em função das conveniências do delator e da autoridade policial.

Se metade do que foi acima relatado tivesse acontecido num regime considerado de direita, como o Chile de Pinochet, a imprensa e opinião pública mundial iriam dizer, com razão, que se trata de uma ditadura sanguinária. Mas quando tudo isto acontece num regime considerado de esquerda, como é o caso de Cuba ou a China nos idos de Mao, é tachado de revolucionário e progressista.

Por absurdo este tipo de posicionamento não pode ser considerado ideológico e sim esquizofrênico, ou a pessoa acredita que assassinatos políticos, censura à imprensa, cerceamento da liberdade de expressão e de ir e vir é, em qualquer situação, crime, ou não, mas nunca achar que dependendo das circunstâncias pode ser libertador ou opressor.  

Da mesma forma, os democratas de passeata, que são aqueles que acreditam que as vitrines, bancas de jornal e abrigo de ônibus são fascistas e tem que ser destruídos, não deve rotular como reacionários aqueles que criticam este posicionamento e achar que é revolucionário ser a favor da ditadura de esquerda,  não só por se constituir numa visão equivocada, como também por ser seletivamente hipócrita.   



domingo, 19 de outubro de 2014

Sam Berns, Um Herói

Sam, exemplo de coragem, determinação e vida
A pessoa aí ao lado é Sam Berns que se considerava um dos caras mais felizes do mundo. O verbo conjugado no passado deve-se a sua morte ocorrida em janeiro de 2014 quando tinha apenas dezessete anos devido a Progenia, doença rara que provoca envelhecimento precoce, à medida que envelhece rapidamente a criança sofre com a perda de gordura corporal e de cabelo, ficam incapacitadas de ganhar peso, sofrem degeneração da condição músculo esquelética, advém a osteoporose, os ossos ficam frágeis, propensos a quebrar e a pessoa  ainda fica com problemas cardíacos.

Como um adolescente que apresenta esta terrível doença, sabe que não vai sobreviver muito tempo, a expectativa de vida não passa dos dezoito anos e que, além disso, deixa a pessoa com visual de extraterrestre, e aí não vai nenhuma ironia ou humor negro, e sim a constatação da realidade, mostrada na foto, consegue ser feliz?  

Pois, acredite, Sam era muito feliz, não aquela felicidade de fachada verbalizada da boca para fora, e sim interiormente, fazia tudo que gostava e a sua condição física permitia, sua vida era intensa sempre tinha projetos para realizar, como tocar percussão na banda da escola, o que fazia muito bem, ir as festas para dançar ou ao estádio para torcer pelos Patriots, por quem era apaixonado, se formou com a maior média dentre todos os estudantes do ciclo fundamental, fazia palestras motivacionais pelo país, como a realizada para os jogadores do do seu time e tinha muitos amigos.

Não li em nenhum lugar, mas pelo que vi nas palestras que fez, como a na TEDex veiculada na internet e no documentário sobre a sua vida, acredito que o seu QI era cinco ou seis vezes maior que o seu peso, que era 23 Kg.

Ele encorajava outros a viver com a mentalidade positiva, um dia um jornalista lhe perguntou “qual é a coisa mais importante que as pessoas deveriam saber sobre você?", no que respondeu "eu tenho uma vida muito feliz e espero que todos vocês, independentemente de seus obstáculos, possam ter uma vida muito feliz também." Ele impressionava pela maturidade e mensagem positiva que transmitia.


Os nossos problemas, por maiores que sejam, não são nada perto daqueles que foram vivenciados por Sam e a sua postura para encarar, administrar e superar as adversidades foi principal legado que deixou e um exemplo a ser seguido. 

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Queimada é Fogo

Retrato do descaso I
Retrato do descaso II 
Se não fosse descaso, até poderia se pensar que a Região Serrana do Rio de Janeiro reedita as pragas do Egito, no verão enchentes, no inverno/primavera o fogo queimando as florestas e, o ano inteiro, a irresponsabilidade dos governantes e da sociedade. Os efeitos das fortes chuvas, cujo impacto normal seria as cheias dos rios com pequeno impacto de destruição, causam deslizamentos e mortes devido ao desmatamento, assoreamento e ocupação das margens dos rios e das encostas. Ao realizar queimadas e desmatamentos e jogar lixo nos rios e o voto no lixo, à população, junto com os governantes, também é responsável pelas tragédias que, previsivelmente, ocorrem todo ano

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Pôquer Eleitoral

No poquer eleitoral os jogadores nunca
perdem, só o eleitor
As campanhas e debates eleitorais são iguais ao jogo de pôquer, todo mundo blefa, os candidatos são dissimulados, não falam o que pensam, e, ao contrário do jogo, nunca passam a mesa, pelo contrário, sempre dobram a aposta. Você vai construir 100 creches, então eu dobro, as tuas 100 e mais 200. Aí o outro fala impávido - Entro com mais 50 UPPs, o oponente, nem pensa, rápido no gatilho diz - As tuas 50 e mais 50 UPPs e serviços social de  qualidade em todas as comunidades, e assim vai o jogo até o dia da eleição, com um detalhe, aquele que ganhar sabe que não tem cacife para bancar nem um terço do que apostou fazer, mas também sabe que pode apostar na amnésia do dono da banca, o eleitor, que irá esquecer tudo que prometeu e, desde que aumente um pouco e pague em dia os benefícios da bolsa social, irá navegar em céu de brigadeiro durante todo o seu mandato. Pode apostar.  

Ninguém Segura o Nosso PIB

PIB do Brasil será o maior do mundo
Caso seja utilizada no país a metodologia italiana de incluir as drogas e a prostituição no  PIB, o Brasil passará a ser à maior economia do mundo e irá superar os EUA, caso sejam incluídos os políticos no cálculo. Explico:  eles  entrariam no quesito droga e as suas genitoras no outro item e nem haverá necessidade de se computar (computar?) às mães dos juízes. 

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Rio de Janeiro: Havaí ou Bagdá?


São correspondentes de guerra. O de baixo chama-se Tim Hetherington, indicado ao Oscar 2011 pelo filme “Restrepo”, morreu em 2012 na Líbia, aos 40 anos de idade, na explosão de um tiro de morteiro. Ele cobriu inúmeros conflitos ao longo dos seis últimos anos, a maioria no continente em que morreu. Passou a maior parte da década passada na África Ocidental, documentando levantes políticos e seus efeitos na vida dos habitantes da Libéria, Serra Leoa, Nigéria, Sudão e outros países vizinhos.
Os que aparecem na foto de cima são brasileiros e alguns estrangeiros que cobrem as batalhas de uma cidade que teoricamente não está em guerra, mas na prática, sim, e os confrontos travados são tão perigosos quanto as que ocorrem na África e Oriente Médio. Estamos falando do Rio de Janeiro e a foto é um flagrante de uma das inúmeras Batalhas do Alemão.
As forças de segurança do governo estadual, que, eventualmente, conta com o apoio do exército, combate os traficantes e milícias com armas pesadas, incluindo veículos e helicópteros blindados e, às vezes tanques de guerra, e eles se defendem e atacam com armas de guerra com alto poder destruidor, havendo igualmente batalhas entre milicianos contra traficantes e entre facções diferentes de traficantes, as batalhas e mortes são diárias, não há trégua.  Não seria despropósito comparar esta situação com as batalhas travadas entre sunitas contra xiitas, somadas as que ocorrem entre entre as diversas facções das duas correntes religiosas, e, no meio desta confusão, o exército perdido dando tiro para todo lado.  
Tanto o correspondente na Líbia quanto àqueles que cobrem as batalhas do Rio de Janeiro usam colete à prova de bala, pois ambos os conflitos oferecem perigo de morte. Em que outra cidade europeia os jornalistas são obrigados a usar coletes prova de bala para trabalhar em áreas conflagradas. Em que outra cidade que está entre os cinquenta maiores IDH, os traficantes encaram - e atacam - as forças policiais e exército com armas pesadas? Em que outra cidade civilizada a força policial perde em tempo de paz 73 componentes da sua tropa, mortos na guerra contra os bandidos, e isto até agosto de 2014. Em que outra cidade com razoável nível de civilidade, problemas policiais causam milhares de mortos e feridos entre as forças de segurança, traficantes e milicianos, além de matar ou ferir dezenas de pessoas inocentes vítimas de balas perdidas?  

A notícia abaixo, que saiu no O Dia de 09/8/14, retrata o estágio da guerra travada no Rio de Janeiro:
“O número de policiais militares mortos em 2014 chegou a 73 nesta terça-feira, de acordo com a PM. Dessas mortes, 14 ocorreram com policiais militares durante o serviço. Já as outras 59 aconteceram quando os PMs estavam de folga. Entra nestes números o subtenente Marcelo Dantas dos Santos, de 47 anos, executado com vários tiros de pistola e fuzil na Fazenda Botafogo, Zona Norte do Rio, e o soldado Douglas Costa da Silva, encontrado carbonizado dentro de um carro no bairro Jardim Gláucia, em Belford Roxo, na Baixada, na noite e manhã desta segunda-feira, respectivamente”.
O final da estória aqui, porque lá fora continua feroz, é constatar que, devido a rotina, a maior parte da população não se sensibiliza mais ao ver na TV às guerras nas favelas, que às inúmeras mortes ocorridas nestas batalhas se desumanizaram, viraram estatísticas, a exceção só acontece quando o palco da batalha acontece em favelas próximas da casa do cidadão, aí a coisa muda de figura, assumindo aspecto dramático e de indignação. Também se acha natural, nem se percebe mais o absurdo do fato, ver um repórter cobrir operações policiais nas favelas ou em comunidades carentes usando colete à prova de bala, igual ao que Tim utilizava nas sangrentas batalhas na África e Oriente Médio, indumentária também usada, por razões obvias, na Síria e Iraque. 
Devido a recorrência, a violência esta sendo banalizada no país, o absurdo virou normal e a  grande preocupação da sociedade é se vai chover no carnaval ou dar praia no domingo. Isto me deixa mais saudoso do cenário do tempo em que Caetano cantava o "Havaí é aqui", porque hoje, a cada dia que passa, Bagdá fica cada vez mais próxima do Rio de Janeiro.









Um Vórtice de Aliterantes

 Foto de um vórtice de aliterantes 
“Sílvia levou a língua inglesa a vórtices de antagonismo sintático, a uma escala de sons espinhosos e aliterantes dos quais brotam imagens surrealistas dificilmente traduzíveis” (...) ela tinha uma poesia hermética, ríspida, sarcástica, agressivamente feroz, às vezes desnorteante....”, assim o crítico Ivo Barroso faz a resenha das obras da escritora americana Sylvia Plath, que se suicidou aos 30 anos em 1963, que saiu no suplemento Prosa do O Globo. Segundo informações, o crítico, cujas análises são emprenhadas de vórtices intelectuais, não pensa em se matar. 

domingo, 12 de outubro de 2014

Hi-tech is High Crazy

Em 30 anos o mundo será nosso
De acordo com a Interbrand,  a marca Apple é a mais valiosa do mercado, valendo U$118 bi, seguida da Google U$107 bi, Coca Cola U$81 bi, IBM U$ 73 bi e Microsoft U$ 62 bi, que somadas dão U$441 bi. Atenção, não é o valor das empresas e sim das marcas e a Coca Cola é a única da lista que não é hit-tech. 

Para se ter uma ideia da dimensão desta grana, ela é maior que o PIB de 164 países como, por exemplo, Grécia, Finlândia, Singapura, Malásia, Hong Kong e Israel, estaria uma posição na frente da Argentina, e seria o vigésimo sétimo maior PIB do mundo.


O valor da marca Google, isoladamente, é igual aos PIBs da Croácia e Bulgária juntos e a empresa só foi criada em 1998, há apenas dezesseis anos! O que isto significa? O que sinaliza? Não tenha a mínima ideia, pois meu teto de pensamento e racionalidade só chega ao valor de uma mega sena acumulada, tipo R$70 milhões, daí pra frente minha mente congela e saio do jogo. Mas, desconfio, que o "Admirável Mundo do Novo" do Aldous Huxley é coisa do passado e o projeto homem, do jeito que Ele concebeu, corre o risco de em pouco tempo ficar obsoleto e ser substituído por um novo modelo criado por GodTech, com a benção de Isaac Asimov. 

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Agora vai: Modelo PSTU Para Governar o Brasil

Militantes á postos
destruir, decapitar e refundar
Se for executada metade das propostas econômicas que consta no site do PSTU que tem por objetivo acabar com a pobreza, o primeiro alvo serão os burgueses ricos, reacionários e imperialistas (faltou algum adjetivo?) e, na sequencia, os pobres, que em dois anos irão sentir saudade da época que havia papel higiênico, produto que se transformou na logomarca dos regimes sociais populistas, que são aqueles que substituem a meritocracia pela demagogia “revolucionária” e, como todos sabem, faltar papel higiênico num regime de merda é complicado. Como não poderia deixar de ser, só irão ficar bem no regime social-populista os dirigentes do governo e os líderes partidários e sindicais.

Se duvidar do que se afirma, então veja o programa econômico proposto para o país pelo PSTU, que guarda semelhanças com o dos demais partidos comunistas, mas alguns envergonhados se dizem socialistas porque o filme do comunismo está queimado. Veja as preciosidades:

·         Todo aquele que boicotar a economia do país deve ter seus bens imediatamente confiscados e suas empresas nacionalizadas, colocando-os a serviço do país e da população (não importa qual a noção do que seja boicote e sim que tô de olho num apartamento duplex da AV. Delfim Moreira, cujo dono tem cara de boicotador).
·         Formação de uma frente de países devedores pela suspensão do pagamento da dívida (imagina este dream team- Brasil, Venezuela, Bolívia, Argentina e Equador, pensando bem, melhor não imaginar)
·         Reajuste mensal de salários (vou precisar fazer tratamento devido à overdose de aumento)

·         Congelamento dos preços, tarifas e mensalidades escolares (aumento mensal dos salários dos professores e congelamento das mensalidades, o resultado será ótimo, com certeza a qualidade do ensino vai melhorar)

·         Estatização do sistema financeiro os bancos são instituições parasitárias e altamente lucrativas, voltados para a especulação e o lucro fácil (tem que fazer igual ao BB e CEF que são instituições de caridade, cheque especial e cartão de crédito não tem juros)
·         Expropriação e a estatização dos bancos, utilizando seus enormes recursos para garantir investimento nas áreas sociais e na infraestrutura (apoio, tem que acabar com os bancos e voltar ao escambo - atenção: troco minha bicicleta enferrujada por feijão)         
·         Expropriação sem indenização das empresas e reestatização das empresas privatizadas. (mais empresas estatais significam mais boquinhas para empregar os líderes sindicais e a nossa corriola nos cargos de chefia, que serão multiplicados por 10, que é para acabar o desemprego)  
·         O Estado deve controlar o comércio exterior do país, definindo uma política de exportação e importação que esteja a serviço das necessidades do povo explorado (vamos importar médicos de Cuba e democracia da Coréia do Norte e exportar o excedente de macaxeira)
 Analisando-se o modelo econômico do PSTU, constata-se que todos os países são otários, pois pagam suas dívidas, não concedem reajustes mensais de salários, não expropriam a propriedade privada para dar para o povo e não estatizaram os bancos. Como diria o Anselmo, deve ser terrível morar num país, como a Alemanha, Holanda, Suécia e Austrália em que o governo respeita as leis de mercado e acabou com pobreza pela via do mérito estimulando o empreendedorismo.  
Só tem um probleminha na proposta PSTU de governo: ela é igual a erva daninha, a sua ação predatória não prejudica só as plantações do agronegócio, mas também a agricultura familiar, pois ambas se situa na mesma atmosfera ambiental, tirando isto, o que (se) sobrar tá ótimo.