Não era a intenção, mas os sites de relacionamento estão fazendo justiça
e regatando do ostracismo o K, letra marginalizada pela língua portuguesa. Cáspite,
o cara só compra e come comida cara. Como pode ver, nesta frase a
primeira sílaba das palavras tem a fonética da letra K e cadê ela, está lá?
Não, a sua função foi usurpada pela letra C. Karamba!
O k não serve para nada, não é utilizado nem como incógnita, nesta área
as queridinhas são x, y, z, a, b e c, e também fica marginalizado na área
sexual. Por acaso existe o Ponto K? Não, kacete!
No Brasil, o Formulário Ortográfico de 1943 aboliu
a letra K do alfabeto, substituindo-a por c. O Acordo Ortográfico de 1990 restaurou
a letra K sem, contudo, restaurar o seu uso prévio, ela ficou
marginalizada, restrita às abreviaturas, às palavras com origem estrangeira e a
seus derivados. Ou seja, fizeram um resgate de mentirinha, o K continua
perseguido, como as minorias. Para se fazer justiça, deveria ser estabelecido
um regime de cotas para ela, pelo menos 30% das palavras que tivessem o som de
K começariam com a letra e não com o C usurpador.
E, voltando ao início do texto, por que os sites de relacionamento estão
reabilitando o K? Porque grande parte das risadinhas nos Faces e Twiters da
vida é representada por kkkkk. Mas como a letra é perseguida, não demora muito
surgirá uma campanha para substituir o kkkkk por cccccc. Karaca!
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