domingo, 20 de setembro de 2015

O Tamanho do Prazer

A preferência identifica a tribo da mulher,
sugere a pesquisa 
Um estudo realizado por universidades da Califórnia, Los Angeles e Novo México, concluiu que o tamanho do pênis é mais relevante para as mulheres quando o sexo é casual. Em relações estáveis o tamanho e espessura do “menino” não são tão importantes para a parceira. A pesquisa revelou que no sexo casual as mulheres preferem pênis com uma média de 16,3 cm de comprimento e 12,7 cm de circunferência. Nos relacionamentos estáveis elas não são tão exigentes, 16 cm de comprimento e 12,2 cm de circunferência tá de bom tamanho.
A pesquisa mostrou que a distância que separa as mulheres que vão para o tudo ou nada com as que estão com o controle remoto do Netflix na mão é de 0,3 cm. Ai você pensa, 0,3% é quase nada, uma bobagem, menos de 2%. Só que para muitas mulheres é quase igual a comer um bolo sem a cereja. Dá para encarar, mas fica a sensação de que falta alguma coisa, o prazer não é total.   
Mas para mim está é uma discussão colateral, na verdade o relevante é o tipo da metodologia utilizada para se chegar aos resultados. Será que selecionaram um grupo de mulheres “matadoras”, explicaram para elas o objetivo da pesquisa e pediram que quando fossem para a noite levasse na bolsa um kit composto de batom, camisinha e fita métrica, e quando o rala rola estivesse no clímax dariam um pause para medir o tamanho e circunferência do dito cujo. Se depois disso o varão não brochasse, dariam sequencia a segunda etapa do estudo, que é avaliar e fazer a correlação entre a intensidade do prazer e o tamanho e a circunferência do bilau cobaia.
Outra questão que me intriga é se elas participaram do projeto de graça, por amor a ciência, ou foram remuneradas. Neste caso o regime de trabalho foi por empreitada global, só recebiam depois de entregar cinco pesquisas, por exemplo, ou ganharam por questionário entregue, sem limite do número de avaliações, quanto maior a produção maior o ganho.  

Será que os cientistas recomendaram para este grupo de pesquisadoras para não fazer cara de decepção e infelicidade se após o "guerreiro" se levantar para o combate constatar que ele não corresponde a expectativa transmitida pela embalagem. Esta recomendação, que muitas não seguiram, tinha em mente minimizar o risco do garanhão  sofrer a síndrome de Transtorno Dismórfico Corporal que acomete homens que acham que o seu companheiro de batalha sofre de nanismo, cujos sintomas são angústia e depressão, aliados a  um profundo complexo de inferioridade. 
O pior para quem sofre de reducionismo é que isto não lhe dá o direito de sentar nos assentos preferenciais do metrô, pois a situação não está enquadrada nos itens previstos para pessoas com necessidades especiais e, mesmo que estivesse, seria difícil comprovar, a não ser que existisse uma carteira específica para quem sofrer deste pequeno problema, só que, presumivelmente, iria gerar situações desagradáveis, as pessoas olhariam para os dismórficos com risos irônicos, sem contar as piadinhas de mau gosto.
No caso das casadas a metodologia da pesquisa deve ter sido mais fácil, pois não precisaram sair de casa. Para levar adiante o estudo bastava dar um pause no seriado Game of Thrones e pedir para o companheiro ir para o quarto assistir um filme pornô no tablet com uma fita métrica na mão enquanto preparava um lanche na cozinha, quando acabasse voltaria para a sala para assistirem juntos, comendo um lanchinho, mais um capítulo. Os coordenadores da pesquisa se basearam no fato de que para a maioria dos casais com bastante tempo de casa, sexo oral era assistir palestras sobre temas ligados a sexualidade. 

Por último, desconfio que numa época de politicamente correto, as universidades americanas que fizeram o estudo poderão ser acusadas pelos movimentos LGBT de adotarem atitude preconceituosa e machista contra os gays que, inexplicavelmente, não foram incluídos no estudo realizado, como se o assunto só fosse do interesse das mulheres. Absurdo.

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