Ao contrário do político, o traficante só "trabalha" com dinheiro privado |
Numa definição simplista ladrão
é um cara que rouba algo de alguém, o que significa que o traficante “puro”,
aquele cuja única atividade é vender drogas, é fora da lei, mas não é ladrão, igual aos bicheiros no passado. O mesmo não se pode dizer do político,
dirigente ou empregado de estatal que quando desviam dinheiro público, via
superfaturamento, estão roubando, muitas vezes de áreas socialmente sensíveis,
como saúde, educação e merenda escolar. Assim, consta-se que os atores dos
dois segmentos contam com uma semelhança – são foras da lei - e uma diferença,
um é ladrão e o outro não.
Existem outras diferenças, como
só vai a uma boca de fumo quem quer, enquanto que quem se dirige a um hospital
público o faz porque necessita, não tem outra opção, pois não conta com plano
de saúde, nem condições de resolver por si só o problema, depende de auxílio
externo.
Por obvio, pode-se afirmar que
o desvio de recursos de hospitais contribui para que as pessoas deixem de ser
atendidas ou apresentem um péssimo nível de qualidade o que leva muitos à morte, o
que significa que corrupção mata.
A conclusão é que os esquemas de
desvio de recursos realizados pelos políticos e assemelhados enseja para a população
um elevado impacto social negativo semelhante, ou às vezes maior, do que a ação
criminosa dos traficantes.
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