Criação do mundo: dá para fazer recall? |
Quem sou eu para duvidar da
existência de Deus, pelo menos 80% da humanidade tem certeza da sua existência,
10% acha que pode existir e os céticos quando estão desesperados apelam para
Ele na hora do sufoco mandando para o espaço o ateísmo e sem pestanejar pedem a
Deus que os ajude. Nunca se sabe, vai que....
Dito isto quero dividir com vocês um
revelação sobre a criação do mundo que tive que poderá subverter os dogmas espirituais dos textos das escrituras sagradas. Depois de doze horas de meditação no Espaço Holístico Bracarense tive uma epifania etílica, recebi a mensagem que colocava em dúvida a existência de Deus, ou se existe, que ele não é perfeito e, se bobear, deve estar fazendo análise, arrependido do resultado da sua
obra maior - o homem- feita na prorrogação do segundo tempo da criação do mundo. Sempre que é questionado ele disfarça, diz que foi uma criação coletiva que teve a participação de Buda e Maomé, que só ficou no planejamento não tendo se envolvido na execução.
Segundo a revelação, o projeto de criação do mundo foi feito por Ele apenas com base num anteprojeto, não havia projeto executivo, cronograma, memorial descritivo e orçamento, a única coisa que existia definida era o prazo, seis dias. Seus assessores ponderaram que o tempo era muito reduzido, inexequível para realizar uma obra de grande porte, mesmo considerando que não havia possibilidade dela sofrer embargo pelas autoridades, no caso Ele mesmo, pois não havia sambaqui, área de proteção ambiental, Ministério Público, quilombola e reserva indígena, mas podia chover, o que fatalmente iria atrasar o prazo de entrega da obra. Mas como o seu contrato de trabalho era de apenas seis dias, Ele bateu pé firme, não ampliou o prazo, tendo informado que tinha certeza que não iria chover, pois a chuva ainda não tinha sido criada por Ele. Logo depois veio o dilúvio, o que causou uma certa túnica justa,
Segundo a revelação, o projeto de criação do mundo foi feito por Ele apenas com base num anteprojeto, não havia projeto executivo, cronograma, memorial descritivo e orçamento, a única coisa que existia definida era o prazo, seis dias. Seus assessores ponderaram que o tempo era muito reduzido, inexequível para realizar uma obra de grande porte, mesmo considerando que não havia possibilidade dela sofrer embargo pelas autoridades, no caso Ele mesmo, pois não havia sambaqui, área de proteção ambiental, Ministério Público, quilombola e reserva indígena, mas podia chover, o que fatalmente iria atrasar o prazo de entrega da obra. Mas como o seu contrato de trabalho era de apenas seis dias, Ele bateu pé firme, não ampliou o prazo, tendo informado que tinha certeza que não iria chover, pois a chuva ainda não tinha sido criada por Ele. Logo depois veio o dilúvio, o que causou uma certa túnica justa,
Olhando hoje o mundo consta-se que foram
cometidos diversos erros de projeto, a saber: criação de diversas regiões
inóspitas como os desertos da África e Ásia e a Sibéria, algumas áreas não
contam com água e outras têm excesso de recursos hídricos, a divisão dos insumos
naturais foi injusta, uns com muito petróleo, minerais e terras agricultáveis e
outros sem nada, à míngua.
Mas o maior equívoco de projeto,
considerado erro alfa soberano, foi a criação de um ser que supostamente teria
uma inteligência superior ao dos demais animais e que ficaria responsável pela
gestão dos ativos que criou, além de se responsabilizar em compatibilizar de
forma harmônica a convivência de todos os seres. Este Ser foi
criado no último segundo do sexto dia, quando Ele estava cansado e pronto para
entrar de férias, só pensava em curtir o que tinha criado como as praias do
Caribe e a neve nos Alpes. Quando estava de saída um assessor lembrou que não
tinha feito o animal Soberano, assim com pressa, sem pensar muito e sem esboço
prévio, criou um Ser que deu o nome de Humano.
Fazendo-se uma retrospectiva da
atuação do ser humano como gestor chefe da civilização, incluindo o patrimônio
material criado por Ele, constata-se que o resultado é altamente negativo, o
que era ruim ficou péssimo, onde havia água não existe mais ou ela está
poluída, a área desertificada aumentou devido às agressões ambientais, as
florestas naturais desapareceram na maior parte do planeta o que causou a
elevação da temperatura da terra, centenas de seres que voavam, nadavam ou
corriam foram extintos devido à ação predatória do “ser superior e harmonizador
da convivência do planeta”. que criou diversas tribos que deu o nome de país, todas queriam mais terra e poder, centenas de milhões de pessoas foram
assassinadas devido à isso, a maioria das guerras teve como motivação a
religião ou, trocando em miúdos, invocaram o nome Dele para cometerem barbárie
e assassinatos.
O pior é que no momento não existe nenhum
outro animal que possa ser contratado para substituir o homem na gestão do
planeta como se andou cogitando, já se pensou no macaco e no golfinho, mas dificilmente passariam no exame
psicotécnico.
Assim estamos diante de um paradoxo: um ser perfeito conhecido como Deus criou o planeta, incluindo o homem, a quem deu a missão de gerir o mundo em paz e harmonia, mas, devido a pressa, ele foi concebido com diversos erros de projeto, como realizar guerras em nome da religião, ou seja, ele mata por causa Dele. O mais desconcertante é que de acordo com Gênesis 1:26-27, o ser humano foi feito à imagem e semelhança de Deus.
Se for procedente a revelação
recebida, ela nos remete a uma das seguintes hipóteses: a primeira é que Deus
não existe, caso contrário não haveriam guerras e perseguições feitas em seu
nome, sem contar os inúmeros problemas ambientais causados pelo homem que na
atual batida vai destruir o planeta em cinquenta anos; a segunda é que Ele existe,
mas é falível, basta ver os inúmeros erros existentes no projeto do homem, e pior, não dá para fazer recall.
Não cabe a mim provar nada, apenas repasso a revelação recebida, até por quê não tenho conhecimento de causa, sou ignorante nesta matéria (em muitas outras também), mas não restam dúvidas que é muito estranho e surreal matar em nome de Deus, a isto é.
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