quarta-feira, 29 de outubro de 2014

20031-912 - O Cep da Corrupção

Corrupção é igual a ET,
não viu não existe
Está sacramentado, deu Dilma e não há o que se discutir o resultado das urnas, boa sorte para ela e, por tabela, para nós.

Dito isto seria interessante saber por que 52% dos eleitores votaram na candidata de um Partido que desde 2005 vem se defendendo de sucessivas acusações de corrupção, tendo sido alguns de seus caciques condenados pelo Supremo. Na Alemanha, Japão e França, por exemplo, seria impossível um partido conseguir eleger um candidato para cargo majoritário caso as suas lideranças fossem condenadas por corrupção ou pesassem sobre elas fortes evidencias de desvio de dinheiro público. No Brasil, pelo jeito, isto não é problema, pelo menos para o PT que acaba de reeleger a presidente, mesmo estando há nove anos enrolado com diversos casos de corrupção. De lá para cá é mais fácil encontrar as lideranças do PT no fórum da justiça do que na  sede do Partido. 

Recentemente foram divulgados através da Operação Lava Jato casos de desvio de dinheiro público onde havia as impressões digitais – algumas com quatro dedos -  do PT e de Partidos da base aliada, quando a nação ficou sabendo que o Partido dos Trabalhadores fez um upgrade no seu esquema heterodoxo de arrecadar dinheiro, o que faz do mensalão simples travessura de escoteiro peralta.

O epicentro da Lava Jato estava localizado na empresa situada no CEP 20031-912 na longitude 22º 54’ 32,26’’ e latitude 43º 10’ 51,57’’ coordenadas que convergem para o número 65 da Avenida Chile, onde fica a sede da Petrobras, havendo outros casos de desvio de dinheiro orbitando em torno dos fundos de pensão e Ministérios, conforme investigações feitas pelo TCU, Polícia Federal e Ministério Público. Os relatos das delações premiadas feitos por pessoas de alta patente que participavam da engrenagem criminosa, como o doleiro Youssef e o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto, são contundentes e didáticos, um verdadeiro Raio-X de como funciona a corrupção política no Brasil.

A candidata Dilma foi reeleita tendo como pano de fundo os diversos casos de corrupção envolvendo o seu Partido, que se somou ao fraco desempenho da economia no seu governo, a taxa de crescimento em 2014 será onze vezes menor que a média mundial, inflação em alta, a sinalização que o PT pretende amordaçar a imprensa e criar comitês populares para enfraquecer o congresso nacional, além de procurar aparelhar os Tribunais Superiores de Justiça, que poderá abrir caminho para se implantar, pela democracia, a ditadura no país, mas não a do proletariado, e sim das elites sindical e partidária. 

Esta bolsa negativa seria mais que suficiente para liquidar a imagem de qualquer partido, mas não no Brasil de Jose Arruda, Paulo Maluf e Zé Dirceu ("este governo não rouba, nem deixa roubar”, lembra?). Aí se volta à pergunta inicial: porque 52% dos eleitores votaram no PT?

O fator preponderante, ficarei só nele, foi o PT ter embolsado previamente o voto de grande parte dos 54 milhões de bolsistas que no dia da eleição saiu de casa para votar na Dilma com o voto na bolsa (família). A corrupção não alterou em nada a sua motivação em votar nela, da mesma forma que os investimentos feitos pelo governo federal na área de pesquisa e desenvolvimento não sensibiliza o eleitor, ambos são zero em termos eleitorais.

No Brasil a corrupção é como extraterrestre, uma grande parte desconhece o assunto, muitos acreditam que é estória, não existe, outros ficam em dúvida, acha que pode existir, mas quer ver para crer, independente do testemunho de quem afirma que existe, outro segmento, este mais esclarecido, diz que extraterrestre não existe só aqui, mas também em Marte, extramarciano e em Vênus, extravenusiano, então não venha com discurso alarmista e apenas uma pequena minoria bem informada sabe que existe, mas não consegue convencer os céticos e desinformados. 

O bolsa família é real, todo mês aparece para visitar o eleitor, tá na mesa e na barriga, todo a família o vê, ele é feito “de carne e osso” e também de fubá, farinha, arroz, feijão, etc.. Por sua vez o eleitor bolsista acredita que a corrupção não causa nenhum problema para ele, na verdade na maioria das vezes não acha nada, (os valores desviados são bem superiores ao despendido com o bolsa família), já que isto não “mexe” com a sua família, não conseguindo associar que ela é a principal responsável pela má qualidade do ensino, saúde e demais serviços básicos que utiliza.  Mais isto é outra estória


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