segunda-feira, 20 de outubro de 2014

A Ditadura Revolucionária

Ditadura: Progressista  ou Fascista?
Os revolucionários derrubaram o governo e os militares assumiram o poder, a seguir fecharam o congresso, dissolveram o poder judiciário e os partidos, prenderam, torturaram e fuzilaram milhares de oponentes sem que tivesse ocorrido julgamento livre e com direito de defesa, fecharam os jornais, impuseram censura a imprensa vinda de fora, expropriou, sem indenizar, a propriedade privada, proibiu a população de sair do país e a incitou a delatar quem tivesse comportamento suspeito, conceito fluido que variava em função das conveniências do delator e da autoridade policial.

Se metade do que foi acima relatado tivesse acontecido num regime considerado de direita, como o Chile de Pinochet, a imprensa e opinião pública mundial iriam dizer, com razão, que se trata de uma ditadura sanguinária. Mas quando tudo isto acontece num regime considerado de esquerda, como é o caso de Cuba ou a China nos idos de Mao, é tachado de revolucionário e progressista.

Por absurdo este tipo de posicionamento não pode ser considerado ideológico e sim esquizofrênico, ou a pessoa acredita que assassinatos políticos, censura à imprensa, cerceamento da liberdade de expressão e de ir e vir é, em qualquer situação, crime, ou não, mas nunca achar que dependendo das circunstâncias pode ser libertador ou opressor.  

Da mesma forma, os democratas de passeata, que são aqueles que acreditam que as vitrines, bancas de jornal e abrigo de ônibus são fascistas e tem que ser destruídos, não deve rotular como reacionários aqueles que criticam este posicionamento e achar que é revolucionário ser a favor da ditadura de esquerda,  não só por se constituir numa visão equivocada, como também por ser seletivamente hipócrita.   



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