Castas: semelhanças entre o Brasil e Índia |
Art. 5º da Constituição Federal “todos são iguais perante a
lei, sem distinção de qualquer natureza....”
Conforme explicitado na Constituição
Federal no Brasil todos são iguais perante a lei, mas na prática a coisa não é
bem assim, pois existe no país castas regidas
por dispositivos legais próprios que não se aplica a 99% da população. Ela dispõe de privilégios exclusivos que contam com base legal, e se é legal não há
porque se discutir a legitimidade das benesses concedidas, só a moralidade.
O topo da pirâmide castial é ocupado
pela “magistratibus caste” composta por juízes das diversas cortes que, segundo
os estudiosos, é a casta mais perigosa, pois como o Brasil é um país em que a
grande parte das pessoas padece de um problema congênito, que é o rabo preso,
ela deita e rola, poucos ousam confrontá-la. A rigor caberia aos parlamentares
fazer o contra ponto aos magistratibus, mas isto não acontece, pois eles são os
que mais padecem da doença do rabo, e quando vê alguém a distância vestido com
uma túnica preta começam suar frio, este trauma faz com que evitem ir à festa
de halloween. Com isso os magistatibus
nadam de braçada, normalmente na piscina de um resort do nordeste, convidados por
uma empresa de grande porte para participar de um congresso jurídico com
direito a levar acompanhante e viajar na primeira classe. Tudo normal.
Agora mesmo a ministra do Supremo
mandou o Congresso apreciar e votar a proposta de ajuda de custo para moradia
para suas excelências e para os promotores de direito (outra casta que apavora os parlamentares) do
Ministério Publico Federal, no valor de R$4.800,00 por mês que, caso aprovada, vira lei dando respaldo legal à mordomia, o que é uma Suprema
sacanagem, mas será muito legal para eles. Mas não há como negar esta mordomia para os nossos "magistratibus", pois são entes divinos conforme se descobriu através da sentença dada pelo Tribunal de Justiça do RJ, condenando uma servidora do Detran do Rio que ousou dizer para um juiz do estado que estava dirigindo o seu carro sem documentos do veículo e carteira de habilitação, que ele não era Deus.
Considerando que 99% dos servidores não
contam com esta boquinha à pergunta que se faz é porque o magistrado tem
direito a auxílio moradia e os outros funcionários não? Tem alguma coisa a
haver com privilégios indevidos ou eles são mesmo uma casta superior e, por
isso, merecedores da sinecura.
Outra casta que não vive sem
mordomias e vantagens é a deputadus caste. Esta é incorrigível, vive aprontando,
dizem que se alimenta e é movida a escândalos, sem isto fica paralisada, o que
para o contribuinte é bom. Na questão de mobilidade urbana gosta de usar trem,
notadamente se for da alegria, para acomodar no quadro efetivo do parlamento o filho
caçula, “ele é muito inteligente e competente” o irmão “ele é de confiança” e a
vizinha “ela é gostosa”.
As férias são um capítulo à parte, como
regra geral todo cidadão tem direito a 30 dias de férias por ano, menos a casta
superior que entre férias e recessos ficam mais de sessenta dias em casa curtindo os
netinhos e isto se aplica as suas excelências dos poderes judiciários,
legislativo e Tribunais de Contas. Adicionalmente, um profissional de uma empresa privada que trabalhasse três dias por semana e tivesse a produtividade dos parlamentares
seria demitido por justa causa, mas não eles que fazem parte de uma casta chegada ao discurso, mas não ao trabalho.
Enquanto a casta inferior ganha 13
salários por ano, algumas castas, como a BNDES Caste, recebe 17 salários. Outra: a estabilidade no emprego foi criada para dar
segurança e independência em relação ao governo para os profissionais que atuam em atividades de fiscalização ou manutenção da
ordem e da lei, como auditores fiscais, delegados, etc... mas foi, equivocadamente, estendido para todos
que trabalham no órgão como o porteiro, ascensorista, motorista ou auxiliar de
escritório. Como jabuti não sobe em árvore e se ele está lá em cima, alguém
trabalhou para colocá-lo lá, nada acontece por acaso.
Mas condenar os privilégios
concedidos às castas sem olhar a cultura do todo seria uma injustiça, pois o Brasil
é um país em que o povão condena as mordomias e privilégios indevidos, desde
que o beneficiado seja o vizinho, pois quando a boquinha é direcionada para o
CPF do cidadão, aí ela é justa. Ouvi mal ou a carapuça se ajustou a alguém aí que
falou em direitos adquiridos?
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