O otimista é uma pessoa pouco informada |
Desejo a todos feliz 2015, que os Deuses se unam, não nos
abandone e nos ajude a chegar pouco deprimido a 2016
Você deve estar achando estranho se desejar
feliz ano novo em meados de novembro, e ainda torcer para que 2015 passe rápido e 2016
chegue logo, ainda mais se considerar que a pessoa que manda a mensagem não é
ansiosa, pode tranquilamente esperar a chegada de 31 de dezembro. Mas, talvez não saiba, o governo Dilma já deu a largada e entrou antecipadamente em
2015, e, por isso, faço o mesmo, doido para sair de 2014.
Como deve ter ficado mais confuso, explico: como é de conhecimento, a indústria automobilística costuma
lançar os modelos do ano seguinte em julho do ano em curso, antecipando em seis
meses o início do calendário. Ela faz isto para aumentar a venda dos modelos,
alguns porque não caíram no gosto do mercado, então fazem um ajuste aqui, outro ali, um banhozinho de design e joga no mercado o “modelo novo”. E o que tem isto haver com o governo Dilma? Tudo.
Ao que parece, a presidenta se baseou
na estratégia da indústria automobilística e está fazendo o mesmo com o modelo
(econômico) que projetou para o país. Durante muito tempo ela dizia que ele era excelente, tipo 1.0 voltado para o povão, e a marca desta eficiência se traduzia na redução dos
desníveis sociais decorrentes da distribuição de milhões de bolsa famílias.
Esta era a principal característica e qualidade do modelo, mas no conjunto todos
viam que isto era pouco para ele se sustentar, além do modelo apresentar baixo desempenho e problemas de fabricação, mas a projetista
chefe não ouvia técnicos isentos que durante três anos falaram insistentemente
que ela tinha que fazer drásticas mudanças no modelo, pois ele consumia muito e
rendia pouco.
Mas a projetista chefe só ouvia os
técnicos subordinados a ela que não ousavam dizer que o modelo estava
ultrapassado e não tinha competitividade para concorrer com o americano,
japonês, europeu, chinês e coreano. Eles tinham medo de contrariar a chefe e ser
despedidos, o único que podia fazer isto
sem medo era o “Seu” Lula, mecânico chefe, mas ele também estava satisfeito com
o modelo.
Diante da grita do mercado, e,
ao contrário do que imagina o PT, “mercado” não é só banqueiros e milionários, (que
não serão os maiores prejudicados pelo fraco desempenho do modelo, pois costumam
operar hedgeados), mas também os assalariados, incluindo a decantada classe C, que,
se bobear, vai ser rebaixada para a quarta divisão.
Assim, devido os inúmeros problemas apresentados
por um modelo mal concebido, só agora admitido pela equipe Dilma, como estagnação
econômica, inflação em alta, déficit fiscal, na balança comercial e rombo de R$20,4
bilhões nas contas do Tesouro e Previdência, grande parte das mudanças do
modelo que seriam anunciadas em 2015 foram antecipadas para o começo de
novembro, como aumento dos juros pelo BC, das tarifas de energia elétrica e do combustível e análise da redução do salário desemprego.
Até o final de 2014 será anunciada a
maior parte das modificações que serão feitas no design do modelo 2015,
enquanto isto e depois disto, só nos resta rezar para que se consiga um modelo econômico com melhor desempenho que o atual, considerado ultrapassado, por isso está saindo de linha, levando junto o seu projetista chefe
Nenhum comentário:
Postar um comentário