Movimento gay, inclusão social, a foca e o pinguim |
Definitivamente os movimentos sociais voltados
para a defesa de crianças, negros, deficientes e outros, tem muito que aprender na
área de comunicação e sensibilização com os ativistas que trabalham em prol dos
direitos dos gays, que contam com grande poder de articulação, conseguindo manter
na mídia durante todo ano os problemas e a realidade da população GLBT, o
assunto nunca sai da pauta dos jornais, sem contar o poder de mobilizar e
reunir centenas de milhares de pessoas nas diversas Paradas Gays que acontecem
em todo país.
Numa primeira análise pode-se deduzir que os
militantes da causa gay são mais competentes que aqueles que se dedicam a causa dos
idosos ou das crianças e adolescentes. Ou, quem sabe, por que os temas ligados à sexualidade, notadamente quando o foco são os
gays, tem mais apelo popular. Eu aqui do meu canto acredito na segunda
hipótese.
Então para dar uma vitaminada para se conseguir
maior discussão e envolvimento da população em outras importantes causas sociais ou datas
cívicas, porque não usar o gay, literalmente. Quem é que vai hoje a uma parada de Sete
de Setembro? Ninguém. Então porque não
se comemorar o Sete de Setembro Gay para se obter maior adesão da população e divulgação da mídia? Garanto que no dia da parada terá uma enorme multidão assistindo, até porque soldados usam fardas.
E o que dizer do Dia da Consciência Negra? Neste
caso dá para aproveitar a suspeita que Zumbi tinha um lado homo bastante
aflorado – não sou eu quem diz- e se comemorar o Dia da Consciência Negra Gay.
Pode ter certeza, a praça em que se comemora a data no Rio, onde existe a estátua de Zumbi, vai ficar pequena no dia da comemoração para abrigar os neo zumbistas.
Mas o melhor mesmo seria a comemoração do Dia da
Proclamação da República Gay, de um lado por que haveria centenas de
comemorações em todo o país com a participação de milhões de pessoas,
resgatando a importância desta importante passagem histórica, hoje praticamente esquecida, e depois por que
finalmente o Brasil seria, emblematicamente, transformado numa república gay,
consolidando o que de fato já acontece. A única data que é prudente não se comemorar dentro desta proposta, é o Dia da Bandeira Gay, pois corre-se o risco que no dia da manifestação não apareça nenhuma bandeira do Brasil, mas centenas com arco-iris.
E os idosos? Ninguém olha por eles, foram
chutados para escanteio. Alguém já viu uma passeata defendendo os direitos dos
idosos? A solução para se chamar a atenção dos problemas do segmento que mais
cresce no país, dado o aumento da expectativa de vida, o que no Brasil é
sacanagem, pois significa o idoso ver ampliado à redução do valor de sua
aposentadoria do INSS, é se comemorar o Dia do Idoso Gay. Garanto que virão de todo país velhos boiolas, com todas as suas variações de gêneros, e simpatizantes, que irão fazer um grandioso e divertido protesto, com cartazes tipo "Colesterol alto, aposentadoria baixa". Só vai ser meio impactante ver idosos de bengala, com tudo caído, mas com os peitos
empinados, e de alguns que mesmo com trejeitos típicos, não sabem que são gays devido ao Alzheimer, mas tudo isto são detalhes, a causa dos idosos está acima destas pequenas questões.
Alguns podem achar a proposta absurda,
mas, lembro, embora utilize um método meio heterodoxo, seus objetivos são
nobres, além do que, numa época em que foca está comendo pinguim, e não é pela
boca conforme mostra o vídeo abaixo, nada mais deve ser visto como surreal.
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