domingo, 9 de novembro de 2014

É LOROTA

39 ministérios não é lorota mas piada de salão 
Foi com a palavra lorota, usada na década de 60, que a presidenta encerrou o papo – “Isto é lorota” -  de que iria reduzir os trinta e nove ministérios do seu governo. Segundo o dicionário lorota significa engodo, bazófia, embromação, pataratice, fanfarronice, logro, patacoada, cascata, potoca, parolice, e vai por aí afora, e Dilma não é mulher chegada à bazófia. No governo JK o Brasil contava com treze ministérios e Juscelino fez 50 anos de desenvolvimento em cinco e no Governo Figueiredo o país contava com dezesseis.

Ela deve imaginar, ou tem certeza, que quando se tem um Ministério responsável pelo planejamento e execução de áreas específicas, a coisa rola melhor. Por esta lógica a presidenta deveria pensar seriamente em aumentar o número de ministérios para cinquenta, melhor ainda, sessenta. A tese advogada pela nossa grande Timoneira deve ser procedente, é só ver o reduzido número de ministérios existentes em alguns países subdesenvolvidos, como a Alemanha, que só tem 16, os EUA, 15 e a Suécia, 11, o que comprova a tese petista de quanto mais ministérios, mais rico fica o país.

No intuito de colaborar para o engrandecimento da pátria, apresento a proposta abaixo objetivando a criação de novos ministérios, fundamentais para acelerar o processo de inclusão social do proletariado brasileiro:

O Ministério da Pesca, por exemplo, nasceu de uma costela do Ministério da Agricultura, mas por que só a pesca foi beneficiada quando se sabe que existem atividades mais importantes para alimentação do povo, mais chegado a uma macaxeira do que a badejo, ao contrário dos políticos que gostam de robalo.  Por que não criar o Ministério dos Suínos e, também, o do Frango, do Gado; Equino e Caprino poderiam ficar na mesma pasta para economizar o dinheiro do contribuinte. No outro flanco, visando atender o povo vegano e GLBT, que são chegados a uma mandioca orgânica, bem como promover a expansão agrícola e reduzir o preço dos alimentos, seria criado um Ministério para os Legumes e Verduras, outro para as Frutas e um último para os Grãos o que, certamente, irá contribuir para o aumento da produtividade no campo, no mar, na pocilga, galinheiro e embaixo da terra (aipim, por ex.).

A nossa grande Timoneira criou em 2012 o Ministério da Pequena e Média Empresa, que nasceu de uma costela do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, agiu corretamente e com lucidez, mas poderia, à bem do povo (sempre ele), ter criado outros, como o da Economia Informal (obs. os cargos em comissão e a sua estrutura seriam formais), e desmembrar o Ministério do Desenvolvimento em dois, um seria da Indústria e o outro do Comércio. Da costelinha deles poderiam ser criados o Ministério da Indústria de Alta Tecnologia e outro da Indústria Tradicional, e, para se dar mais agilidade e eficiência no comércio, teríamos um para o Comércio Interno e outro para Comércio Externo.

Outro órgão que se deve pensar na possibilidade de se mudar é o Banco Central do Brasil, primeiro porque tem nome de estação de trem, segundo por que o governo PT é de esquerda e não pega bem se ter um Banco de centro. A sugestão é se criar o Banco do Povo do Brasil - novo nome do Banco Central - para concorrer com o outro, que permaneceria no mercado, pois, como todo mundo sabe, nenhum monopólio é bom para o povo, com isso iremos estimular a concorrência e irá ganhar o Banco que arbitrar a menor taxa de juros. A presidência dos dois Bancos não seria mais exercida por banqueiros e sim por sindicalistas bancários indicados pelas Centrais dos Trabalhadores.

Poderia dar mais exemplos, afinal com certa criatividade dá para justificar em nome do interesse do povo brasileiro (de novo ele) a criação de pelo menos mais setenta ministérios.

Mas tem um cuja criação é fundamental, ele é tão importante que o seu gabinete deveria ficar sediado no Palácio do Planalto, vizinho ao da nossa grande timoneira, que é o MILOR- Ministério da Lorota, que seria responsável em criar versões que tenham pegada de verdade, como justificar para o povão a enorme quantidade de ministérios existentes, explicar os sucessivos casos de corrupção, as obras paradas e superfaturadas, as metas sociais não cumpridas, por que a inflação e os juros subiram e o crescimento econômico está baixo, por que o Brasil está alinhado com os regimes democráticos da Venezuela, Cuba e Iran e  se opõe ao regime fascista dos EUA, etc...


Os releases e versões elaboradas pelo MILOR conteriam palavras chaves, como bem estar social, recessão internacional, oposição, intriga, inimigos do povo, fascistas, golpe, Estados Unidos, neoliberal, imperialistas, FHC, elite, banqueiros, imprensa golpista, etc... Sugere-se que, por razões óbvias, não mais se utilize o termo herança maldita. 

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