segunda-feira, 3 de agosto de 2015

O Leão Cecil e os Pixulecos

Leão Cecil, caçaram o animal errado
Causou comoção mundial o abate do leão Cecil, símbolo do Zimbábue, pelo dentista americano Walter Palmer. Ele pagou U$50 mil ao governo local para ter o direito de matar o leão. Do ponto de vista legal não cometeu nenhum crime naquele país, entretanto sob o aspecto humanitário, ou mesmo leonitário, o ato foi um crime estúpido que contou com a cumplicidade das autoridades do Zimbábue.

É importante observar que alguns países, inclusive o Brasil, permitem que se abatam espécies exóticas quando elas ameaçarem a existência de animais nativos ou o seu crescimento populacional for elevado colocando em risco o equilíbrio do ecossistema. Recentemente o IBAMA liberou à caça a javalis. Este procedimento, para alguns polêmico, tem uma justificativa científica, que não era pertinente na morte do leão Cecil, ele estava no seu habitat natural e a população leonina vem decrescendo de forma acentuada nas últimas décadas.

Inspirado na justificativa da necessidade de se abater animais exóticos para preservar espécies nativas ameaçadas, talvez seja o caso de se permitir no Brasil o abate de uma espécie que contribui para a morte de brasileiros devido a sua ação predatória insaciável, estamos falando da espécie conhecida pelo nome científico de "hominis corrupti". Os primeiros exemplares vieram de Portugal no século XVI e se adaptaram bem aos diversos biomas do Brasil,  como a mata atlântica, cerrado, floresta amazônica, caatinga, eles estão espalhado por todo o país, o único lugar do Brasil que os corruptis não se adaptam bem é Curitiba. Entendeu por quê? Morou?

Segundo foi constado, o habitat preferido deles são as empresas estatais, fundos de pensão, assembleias legislativas, câmara dos deputados e governos. Existe uma espécie de "corrupti" que, a semelhança do João de Barro, é obreira, e pode ser encontrada aninhada nas sedes das empreiteiras. 

Na época da monarquia só existia no Brasil o "corrupti imperial", mas com a proclamação da república surgiram outras variedades, hoje são mais de trinta, destacando-se os gêneros PMDB, DEM, PTB, PP, PSB, PSDB, PC do B, e PDT, sendo que o mais feroz e insaciável é o tipo PT, até recentemente se achava o melhor de todos, mas depois que alguns exemplares foram engaiolados ou colocados no cativeiro em casa com uma coleira, ele rasgou a fantasia e assumiu que era uma espécie de PMDB com tintura vermelha para disfarçar, parou de posar com ar superior e evita, inutilmente, chamar a atenção.

O  padrão alimentar desta espécie é diferenciado, não são carnívoro, nem herbívoro, eles se nutrem de verbas públicas, chamada por eles de pixuleco, hábito que transmitem para a prole, irmãos, esposa e amantes. Cada subgrupo conta com o macho dominador, que só perde este status quando morre ou vai preso, dificilmente são desafiados por outros machos e expulsos da manada, afinal a gangue, ou melhor, o bando, tem a sua lógica.

Em que pese a existência de espécies nativas para combatê-los, como o foederati vigilum, popularmente conhecida como Polícia Federal e o ministérium  publicus, o crescimento da população de "corrupti" saiu da controle, a Transparência Internacional considera que a alta proliferação da praga no Brasil deve ser tratado como epidemia, tendo emitido um alerta vermelho, além de chamar a atenção para o surgimento de uma variante mais resistente, a prova de ministérius publicus, que é o "paus mandadus". 

Diante do exposto, acredita-se que não resta outra alternativa, as autoridades serão forçadas a liberar o abate da espécie, cada  cidadão teria direito de caçar até três exemplares adultos, preservando os mais jovens, estes contam com  alguma chance de mudar seus hábitos alimentares e, com isso, deixariam de ameaçar a vida  da população. 

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