quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Pelo Fim dos Cartolas no Futebol Brasileiro


O nome da moça aí à esquerda é Izabella Lukomska-Pyzalska, uma ex-modelo que já foi capa da Playboy e que em 2011 assumiu a presidência do Warta Poznan, clube de futebol da segunda divisão da liga polonesa. Sua atuação a frente da agremiação fez aumentar em quatro vezes o número de torcedores nos estádios. O sujeito à direita com visual de Dom Corleone é Eurico Miranda, temerário dirigente do Vasco, cuja passagem pelo clube no passado deixou um rastro de suspeitas de ilegalidades e desmandos. O seu maior feito foi deixar para o seu sucessor - Roberto Dinamite - uma plantação de pepinos e abacaxis, que o ex-craque só fez aumentar, o que mostra a vocação agrícola do clube da colina, o que, a rigor, acontece na maioria dos clubes de futebol do país. O Brasil é, indiscutivelmente, o país da agro negociata futebolística. 

A lição que fica do modelo polonês (ou será da modelo polonesa?) é que melhor do que colocar cartolas para dirigir os clubes de futebol, seria utilizar o que saí de dentro delas - coelhos - mais precisamente coelhinhas. Além de presidir o clube elas poderiam acumular o cargo de técnicas do time, só que não seriam conhecidas por este nome e sim como Rainha do Time, a semelhança do que ocorre com as baterias das escolas de samba. Que ritmista deixa a baqueta cair tendo uma rainha boazuda sambando à frente da bateria? A mesma lógica certamente iria prevalecer nos times de futebol, os jogadores se empenhariam muito mais se antes de entrar em campo receberem as últimas instruções da playmate, que iria explicar com carinho e delicadeza como o time deverá jogar, o que, psicologicamente, é bem melhor que encarar o Dunga vestindo modelitos fake no vestiário, secundado pelo ranger de dentes do Eurico Miranda ameaçando os jogadores se o time perder.  

Tudo que elas tem que saber para igualar seus conhecimentos técnicos ao dos "professores", é dizer que o time irá jogar com quatro na defesa, três volantes no meio de campo e três jogadores no ataque, quando o time atacar os volantes e laterias sobem, quando for atacado voltam, chuveirinho na área para tentar fazer gol e sempre parar a jogada do time adversário quando o seu atacante estiver correndo célere para o gol, o que no jargão futebolístico significa baixar o sarrafo sem dó; se o time perder botar, preferencialmente, a culpa no juiz, se ele apitou bem, a desculpa será as péssimas condições do campo ou os desfalques. 

Previsivelmente haverá menos brigas entre torcedores,notadamente se os dois times forem dirigidos por Rainhas, pois a expectativa da torcida é que a partida acabe em pelada (esta foi infame, mas tenho um leitor que gosta de Zorra Total e a Praça é Nossa e não posso perder ele). Outra vantagem do time contar com uma Rainha para dirigir os jogadores no lugar dos "professores", é que possibilitaria ao clube economizar uns R$400 mil por mês.

Pode ser que  nem sempre a Rainha conseguirá tirar o seu time do lodo, mas ficará o consolo que o seu naufrágio para a divisão de baixo irá acontecer de forma charmosa, com beleza e estilo, além de, adicionalmente, contribuir para tirar o torcedor brasileiro da síndrome vira lata na sua versão mais deprê conhecida por 7x1,

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